terça-feira, 29 de outubro de 2013

Amsterdam-segundo dia

  Nosso segundo dia em Amsterdam foi bem melhor, já estávamos mais adaptados ao clima bem frio e chuvoso (com direito a ter comprado um salvador guarda-chuva) e também as bicicletas e ao estilo de Amsterdam. Nosso hotel cobrava 31 euros pelo café da manhã, então compramos coisas no supermercado e usamos a jarra elétrica e os sachês de café solúvel (a maioria dos hotéis bons da Europa disponibiliza chás e café e a jarra que aquece no quarto).  Foi no segundo dia que gostei de verdade de Amsterdam pois conheci museus e a parte mais bonita da cidade, também aprendemos sobre como ter descontos.



  Para começar falarei dos descontos, nosso hotel tinha muitos banners que faziam propaganda das atrações e davam desconto de 1 a 2 euros se levasse o banner na hora da compra (fique atento nas propagandas bem pequenas). Também existe algumas "agências de turismo" que vendem os ingressos nas suas lojas que estão espalhadas pela cidade por um preço cerca de 2 euros mais barato.

  Começamos o dia indo a Anne Frank house, que na verdade era a fábrica do pai de Anne que foi usada para esconder a família Frank e mais outra família durante a segunda guerra mundial. Anne registrou tudo num diário que foi encontrado após a guerra e publicado, se tornando um fenômeno de vendas. Bem, a casa foi o lugar mais lotado que entrei em toda viagem. Tinha uma fila na entrada, mas foi rápida, uns 30 minutos de espera. Porém lá dentro as peças são pequenas (lembrando que era um esconderijo) então estava cheio. No passeio é possível conhecer um pouco da história da família através de fotos e vídeos, também passar pela parte preservada da fábrica de temperos e geléias  e parte do esconderijo, que já não tem mais móveis, mas serve para se ter idéia do tamanho das coisas. O quarto da Anne é o ponto alto pois ela enfeitou a parede com fotos de atores e atrizes de cinema. A visita é rápida, umas 2 horas se você olhar com calma, é bem tecnológica e interativa, mas muito triste. Várias pessoas choravam após conhecer as fotos da família, o esconderijo, o diário de Anne, e a lista que demostra que eles foram descobertos e mandados para Auschwitz. É triste mesmo, mais ainda após ver os vídeos de campos de concentração e imaginar que aquele foi o destino daquelas pessoas. De qualquer maneira, eu achei que a visita valeu muito a pena.


*Fachada da Fábrica usada como esconderijo pela família Frank.



 *A direita a estante de livros que camuflava a porta de acesso ao anexo onde viviam os Frank.



*A parede decorada com fotos de artistas do quarto de  Anne Frank



  Saímos e fomos em busca de outra marca registrada de Amsterdam, as letras gigantes que dizem "I AMSTERDAM" , como elas são móveis elas estão sempre sendo trocadas de lugar. Antes de sair do hotel eu verifiquei na recepção a localização das letras, e elas estavam no MuseumPlein, uma praça que tem museus por toda volta, entre eles um dedicado a Van Gogh. Legal, não?  E eu tenho que ser sincera, as letras gigantes são uma ideia simples mas muito divertida, todo mundo fica dando um jeito de escalar as letras e as fotos são muito engraçadas.




  Almoçamos ali perto numa lanchonete de comida árabe,  e isso significa comida boa e baratinha. Depois fomos a museu do Van Gogh que é lindo por fora e por dentro. Se você é fã desse artista vai poder ficar impressionando com andares e mais andares de obras de toda carreira desse grande mestre, se você não conhece tanto Vicent Van Gogh é uma bela oportunidade de saber um pouco mais sobre sua carreira e legado (mas não espere histórias sórdidas sobre orelhas arrancadas). Eu gostei muito, o passeio leva umas 2 horas e 30 min. e vale muito a pena.










  A melhor coisa do verão europeu não é o clima, mas sim a duração dos dias, fica claro até às 21h e você pode fazer mil coisas num dia. Fomos ao Voldenpark, um parque lindo e imenso. Como não tínhamos bicicletas conhecemos apenas uma pequena parte desse lindo lugar que é repleto de obras de arte. Meu conselho é que você alugue uma bicicleta e tire um dia para passear e fazer picnic.



*Tinha até pracinha para cachorro.

  Como sobrou tempo aproveitamos para caminhar pelo centro e dar mais uma olhada nas coisas tão diferentes de Amsterdam, e no fim a cidade começa a ficar bem divertida. 









Gastos do dia (euros):

Ingresso Anne Frank House- 9,00 por pessoa
Almoço para 2 pessoas-8,20
Van Gogh Museu-15,00
Compras-51,00
Jantar no McDonalds-9,00

Total- 92,20 euros


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Amsterdam-primeiro dia.

  Deixar uma cidade bem convencional como Paris e chegar numa cidade muito maluca como Amsterdam foi um choque. Minha primeira observação que foi do aeroporto me deu uma ótima sensação, o aeroporto é muito lindo e organizado, mas logo para pegar o trem em direção ao hotel já recebemos informação errada e aí comecei a cair na real, Amsterdam iria ser bem diferente. A boa notícia é que todo mundo fala inglês, o que é uma grande coisa já que o holandês é um horror. A parte ruim é que a cidade não é tão organizada como o aeroporto.

*Olha que fácil o nome da nossa rua em Amsterdam.

  Chegamos no hotel depois de ter voado de Paris para Amsterdam, pegado um trem na direção errada, mas que acabou também servindo para chegar no hotel pegando um ônibus. Mas no balcão do hotel foi que a coisa complicou, nossa reserva no  Westcord Art Hotel havia sido cancelada devido a um problema com o cartão (possivelmente não estava habilitado para uso no exterior na data em que reservei) e nem o hotel, nem o site booking.com me avisaram. Muito antes pelo contrário, o booking.com me enviou um e-mail onde dizia tudo sobre minha reserva e efetuava a confirmação. Complicado isso, não? Depois de discutir com a gerente, consegui um quarto por um valor acima do reservado, mas eu já estava lá, cheia de malas e querendo um quarto já! Sobre o  site booking, eu entrei em contato e eles só alegaram que o e-mail de cancelamento foi enviado e deve ter ido para caixa de spam, o que é uma desculpa das mais esfarrapadas já que recebi a confirmação da reserva e também as propagandas que o site manda toda semana. Mas o fato é que nessas horas ninguém se responsabiliza, esse é o preço que se paga por utilizar essas ferramentas da internet, minha dica é se for usar site confirme  1000 vezes que está tudo certo e não confie nos e-mails deles, faça login no site.










* O mais legal é poder ver essas diferenças, como o carro elétrico e uma sinaleira para ciclistas.


  Resolvido o problema com hotel fomos andar pela cidade, nosso hotel ficava a 3 km do centro, havia um ônibus bem na porta que fazia esse trajeto, mas como a pé passávamos por um belo parque com coelhos selvagens, optamos pela caminhada e foi bem mais legal. O centro de Amsterdam é bem cheio de tudo: pessoas, bicicletas, bondes, carros, sinaleiras, sexshop, prostitutas, cofeeshops etc. Foi um choque sair das lindas ruas de Paris para aquela mistura maluca que é Amsterdam, confesso que minha primeira reação foi querer pegar a mala e voltar para Paris. Por que? Eu explico: por mais mente aberta que você seja, ver gente fumando maconha a cada esquina, lojas vendendo cogumelos alucinógenos, mulher de calcinha numa vitrine ás 16h é meio chocante.



  Mas não rique Amsterdam do seu roteiro, a cidade tem muita coisa legal, a arquitetura é super bonita, ainda que os prédios estejam todos um tanto tortos, a maior parte das construções no centro deve datar dos séculos XVI a XVIII. Em comparação com Paris, Amsterdam era uma cidade mais barata, principalmente no quesito comida. Outra coisa interessante é a cultura das pessoas, todos foram muito educados e dispostos a ajudar. No fim, com o passar dos dias tínhamos visto um monte de coisas legais e feito ótimos passeios.



   No primeiro dia nos passamos pelo Westerpark, pelo bairro Jordan que era ao lado do nosso hotel e é bem mais novo, estação central de Amsterdam que é linda, red district de dia, praça do Dam e mais uma caminhada pelas ruelas do centro. O ponto alto foi comprar um saco de toblerone gigante por 1,86 euros!!!! 




















  O clima em Amsterdam é friozinho mesmo no verão, estava 12ºC na maioria dos dias, outra coisa é a instabilidade, todos os dias tem momentos de chuva fraca e momentos de sol.  Eu indicaria a cidade para gurizada mochileira que está indo viajar pelas festas, ou para pessoas que querem ver uma cidade singular.

Gasto do dia (euros):

Metrô RER Paris até o CDG-9,00 por pessoa
Trem em Amsterdam-3,90 por pessoa
Ônibus-2,70 por pessoa
Guarda-chuva-5,00
Supermercado- 7,00
Jantar para duas pessoas-22,50

Total- 50, 10 euros

domingo, 20 de outubro de 2013

Paris- sétimo dia - Sacré Coeur

  Nosso sétimo e último dia em Paris, planejamos ir a igreja do Sacré Coeur, caminhar pelo bairro Montmartre, passar pelo Moulin Rouge (já que não conseguimos ir a um show) e fazer o cruzeiro pelo Sena. Iniciamos o dia indo de metrô até próximo a igreja Sacré Coeur, lá pegamos informação e foram poucas quadras até chegar a escada de acesso lateral e muitos degraus pela frente. 

  Se você tem problemas em subir escadas, não se preocupe, existe um bondinho que leva até o topo, claro que é cobrado, mas vale a pena se você não quiser enfrentar os 234 degraus (para quem não é sedentário é tranquilo). Eu ouvi falar sobre vários golpes nas escadarias da igreja, mas quando cheguei por volta das 9h havia pouca gente nas escadarias e alguns turistas já lá em cima, mas nenhum bandido ou golpista. A basílica é mais linda vista de baixo que de cima, a grande sacada de subir até lá é a vista que se tem de Paris, linda. O interior da igreja não me impressionou, mas vale a pena pela experiência e é de graça. Descemos elas escadas bem em frente a basílica e de lá se tem a melhor vista e vários mirantes. Além disso se você viu o filme O fabuloso destino de Amélie Poulain vai se identificar.





  Os arredores da igreja são uma Paris mais pobre do que a dos arredores do Louvre e Arco do Triunfo, eu me espantei um pouco com a quantidade de gente e lojas de bugigangas baratinhas, para mim faltou glamour. Ainda que o Montmartre tenha outros lugares lindos, as proximidades da basílica e do Moulin Rouge são um pouco feias. Falando em Moulin rouge, foi para lá que nós fomos, o entorno está cheio de cabarés e sex shops, por tanto, prepare seu coração. Quando chegamos lá havia um casal de noivos fotografando em cima da saída de ar bem em frente ao Moulin Rouge, foi tão legal as poses e fotografias que as pessoas que aguardavam sua vez de tirar foto até aplaudiram os noivos ao final do ensaio, foi realmente muito legal. Já a loja do Moulin Rouge é pequena e deixa a desejar em tudo, pouca variedade e qualidade nos caros produtos, vê se não era para ser um lugar de enlouquecer a mulherada com roupas e figurinos sensuais? Mas na vida real está faltando um espirito empreendedor lá.





  Almoçamos bem ao lado do Moulin Rouge numa rede de fast food chamada Quick, bem ruim por sinal, mas valeu pelo lanche rápido e em conta. Fomos caminhando até a Galeria Lafayette e galeria Printemps, que fica ao lado. Ambas são gigantes e trabalham com marcas famosas e caras. Ainda que você não vá comprar nada os 7 andares da Galeria Lafayette valem a pena, você vai conhecer uma infinidade de marcas e produtos muito diferentes e não deixe de ir na parte infantil, que conta com uma variedade enorme de brinquedos que não temos no Brasil. O último andar é um terraço muito legal com uma bela vista de Paris. 



  Para fechar esse dia caminhamos mais um pouco pelo centro de Paris e resolvemos fazer nosso cruzeiro do Sena, no nosso cronograma ele estava marcado para o segundo dia, mas simplesmente não deu tempo. Para fazer o cruzeiro descemos a rampinha na ponte próxima ao Louvre, compramos o ingresso lá mesmo e embarcamos. O ingresso dava direito a um dia todo, ou seja, você podia pegar o barco ir até a torre eiffel e descer, e depois pegar o barco novamente e ir até outro ponto durante todo aquele dia. Nós queríamos apenas sentar e nos despedir de Paris navegando pelo Sena, vendo todos aqueles pontos turísticos. O passeio de barco vale muito a pena, principalmente se você tem pouco tempo em Paris e quer ver tudo em pouco tempo, em  cerca de 1 hora ele percorre torre eiffel-Orsay-Louvre-Notre Dame. Sem dúvida essa foi a forma mais linda de dizer adeus a uma cidade tão maravilhosa como Paris. E eu fui embora querendo voltar e ficar um mês, ou ganhar na loteria e ficar para sempre.






Gastos do dia (euros):

Almoço para 2 pesoas-12,00
Compras-125,00
Ingresso barco-15,00 por pessoa
Jantar comprado no supermercado para 2 pessoas-12,50

Total do dia-164,50 euros

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Paris- sexto dia

  Quando eu elaborei o cronograma deixei o sexto dia um pouco livre, com várias opções para que escolhêssemos estando em Paris, e já tendo noção do que estávamos cansados, o que era perto, o que queríamos ver mais. Essa dica eu recomendo, deixe um dia de sua viagem com opções montadas mas que podem ser escolhidas na hora, ou acrescentar outras, um dia mais livre. E para  ajudar fez um sol maravilhoso nesse dia, Paris com sol é mais linda,ainda mais com as flores do verão. Decidimos ir a alguns museus, entre eles o Rodin que nem estava no planejamento original e eu nao me arrependo nem um pouquinho de ter ido. Já ter entrado no Pantheon de Paris eu não curti, mas vou contar tudinho agora.

   Iniciamos o dia indo de metro ao jardim das tulheiras e lá no museu l´Orangerie, que fica  no próprio jardim. Esse museu é pequeno e vale muito a pena. Lá estão as ninféias de Monet, uma obra belíssima. Também estão no museu uma vasta coleção de artistas impressionistas, eu ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. A visita leva umas 2 horas, você não fica cansado de ver arte, tem muitos quadros lindos e famosos e a iluminação do museu é muito bonita.






 Saindo do l´Orangerie, andamos até o museu Rodin, que é relativamente próximo, e esse museu você deve  INCLUIR NO SEU ROTEIRO. Além de ter a chance de ver a escultura "O pensador" cara  a cara, o museu expõe as esculturas num jardim lindo, cheio de flores, e o passeio se torna muito agradável. No museu Rodin também há algumas poucas obras dos amigos dele, entre elas Monet e Van Gogh. O passeio demora umas 2 horas que passam rápido e de maneira muito feliz.







    Almoçamos em outro daqueles típicos cafés parisienses numa esquina. E sabe de uma coisa, foi muito boa essa experiência de comer olhando a vida passar, imaginei que morava em Paris, e só por eu ter acreditado nesse sonhos em algumas frações de segundo já valeu a pena. Depois disso, voltamos ao museu das armas que era ao lado do Rodin e nos tínhamos adorado, mas já escrevi tudo no post anterior. Saindo do museu das Armas fomos ao Museu d´Orsay, e já adianto, ele é grande. O Orsay é um museu bem moderno e tem um acervo muito legal, eu gostei. Lá está o auto-retrato mais famoso de Van Gogh e só isso já valeria minha visita, mas tem muitas obras lindas além dessa. É fundamental pegar o mapa do museu na recepção, facilita sua vida. Uma coisa bem diferente é que o museu tinha também móveis e peças decorativas, até um móvel feito por Gaudí, eu reconheci na hora, já que Gaudí é inconfundível. O passeio no museu leva de 3 a 4 horas, se você gostar de arte mas não for um grande entendedor.




  Na saída pegamos um táxi para chegar a tempo ao Pantheon de Paris, já que o dia estava bom e queríamos aproveitar todo tempo disponível. Confesso que minha expectativa era alta com o local, já que a arquitetura exterior é linda e lá estão enterrados vários dos maiores franceses de todos os tempos. Eu tinha em mente a igreja de Florença onde está Galileu, Dante e Michelangelo com seu lindos túmulos. Já o Pantheon é tudo mais humilde, tem muita gente importante enterrado lá, mas quase todos de maneira simples. O casal Curie, hiper famosos no mundo da química estavam lá com inscrições gravadas no granito e nem sequer uma placa, ou fotos, homenagens, nada. Fiquei bem decepcionada, acho que eles mereciam mais, especialmente  grandes gênios como Alexandre Dumas e Victor Hugo. Acho que esse passeio você pode cortar da sua lista, se tiver pouco tempo.






  No verão anoitece pelas 20:30h então os dias são longos, aproveitamos e fomos aos Jardins de Luxemburgo, bem em frente ao Pantheon, curtir um fim de tarde bem legal olhando as crianças que alugavam barcos de madeira para colocar no chafariz. Já disse que eu amei Paris?


* Em todos estes museus usamos nosso Paris Museum Pass, compramos para 4 dias, e valeu muito a pena, este foi nosso último dia de uso.

  Gastos do dia (euros):

Almoço para 2 pessoas-32,30
Táxi-8,50
Supermercado-7,00

Total-47,80 euros